Falar sobre mulheres na tecnologia ainda é falar sobre um desafio a ser superado por completo. Por mais que discussões sobre igualdade estejam gerando cada vez mais resultados positivos em todas as esferas, dados chamam atenção. Para ter ideia, o Censo de Educação Superior do Brasil aponta que matrículas femininas ocupam só 13,3% dos cursos de graduação voltados para Computação e TI.

Contudo, falar sobre o assunto também é observar um panorama favorável. A boa notícia é que existe um verdadeiro (e crescente) time de profissionais dispostas a transformar tal realidade. Tanto que, segundo estimativa da Deloitte, empresa de consultoria global, mulheres representarão 33% do quadro de funcionários de multinacionais tecnológicas até o final de 2022. Esse número é 2% maior do que o de 2019.

Neste artigo, você vai entender como a presença feminina vem impactando o mercado da tecnologia e como devemos caminhar para tornar o cenário mais benéfico. De quebra, conheça grandes nomes que marcaram ou estão marcando a área. Confira!

Como as mulheres vêm garantindo presença no setor tecnológico?

Pensando em um contexto amplo, podemos perceber que, hoje, as mulheres vêm sendo inseridas na tecnologia mais cedo e com muito mais naturalidade.

Por exemplo: se há algum tempo existia a ideia de que computadores ou videogames eram atividades interessantes para meninos (enquanto meninas preferiam outras formas de brincar), atualmente a distinção é quase inexistente. Pelo menos é o que mostram as pesquisas, que ano após ano revelam que, inclusive, garotas consomem mais jogos eletrônicos do que garotos. Isso é um evidente reflexo da presença do digital no cotidiano geral.

À medida que este universo torna-se familiar também para as mulheres, mais possibilidades existem de que elas criem conexões com ele. De que não o enxergue como algo distante das suas capacidades, de suas habilidades.

Avançando para a formação acadêmica e carreira, a presença feminina na tecnologia pode oferecer enormes ganhos em matéria de inovação, soluções criativas e liderança. Exemplos bem-sucedidos não faltam. Camila Rissi está entre eles, brasileira e cofundadora de uma startup que utiliza inteligência artificial para aprimorar câmeras de segurança.

E o que dizer de Nina Silva? A executiva de TI já foi citada pela Forbes como uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil. Além de ser considerada uma das 100 afrodescendentes mais influentes do mundo abaixo dos 40 anos (pela Most Influential People of African Descent). Sem dúvidas, uma de nossas maiores referências.

Como tornar o cenário ainda mais favorável?

Ainda que estejamos no rumo certo para uma nova mentalidade quando se trata de mulheres na tecnologia, é inegável que existam problemas a serem superados.

Infelizmente, há atitudes, pensamentos e comportamentos que dificultam o acesso da mulher na profissão em uma amplitude que se equipare ao do homem. Porém, encontrar formas de rever a situação está longe de ser impossível.

Algumas medidas que englobam o todo, a sociedade, e que podem agregar demais:

  • Superar ideias que fazem parte de uma cultura machista (como, por exemplo, a crença de que mulheres são melhores em atividades que envolvem cuidado, atenção e emoção, ao passo que homens se destacam em funções analíticas e racionais);
  • Fortalecer conversas e debates sobre equidade de gênero e sobre igualdade salarial;
  • Repensar os espaços de trabalho, de modo a torná-los mais diversos. Também é necessário um olhar voltado para a não subestimação da competência da mulher, uma vez que, em certos ambientes majoritariamente masculinos, existe a dificuldade de que seja ouvida e validada.

Quais mulheres já fizeram história na tecnologia?

Para a pergunta deste subtítulo, a resposta ideal seria: todas.

Cada profissional inserida na área tem desempenhado papel fundamental, traçando uma bela história de conquistas e realizações. No entanto, para que possa se inspirar, reunimos alguns nomes específicos e brilhantes.

Ao conhecê-los, você vai perceber que, durante anos, mulheres e tecnologia vem sendo uma combinação de sucesso:

  • Ada Lovelace – A Condessa de Lovelace foi simplesmente a primeira pessoa a criar um algoritmo processado por uma máquina. Isso aconteceu lá no século XIX, o que a torna a primeira programadora da história;
  • Mary Kenneth Keller –Foi uma freira norte-americana apaixonada por números. Ela é considerada a primeira mulher a receber um título de doutorado na área de Ciências da Computação;
  • Karen Sparck Jones – Sabe aqueles mecanismos de busca que você utiliza, no Google e em outros sites? Karen foi responsável por desenvolver a tecnologia que os sustenta. Trata-se do conceito da frequência inversa de documentos;
  • Susan Wojcicki – Susan é a atual CEO do Youtube e esteve presente na Google desde o início da trajetória da empresa. Foi ela que ajudou na criação de alguns dos produtos de maior sucesso (e rentabilidade) dentro da organização;
  • Ursula Burns – Ursula foi a primeira mulher negra a se tornar CEO de uma das 500 maiores empresas dos Estados Unidos. O fato aconteceu em 2009, quando assumiu o comando da Xerox.

Absolutamente necessária, este é só o começo de uma conversa que se estende por tantas outras vertentes. E é pela importância que definimos as mulheres na tecnologia como protagonistas do Talking Business, que aconteceu no último dia 12 de maio. O evento está disponível no canal do Uninter Global Hub.

Se gostou do artigo, siga as redes sociais do Global Hub e conecte-se conosco: Instagram: @uninterglobalhub / Facebook: @uninterglobalhub / Linkedin: UNINTER – Global Hub / Youtube: UNINTER Global Hub

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui